sexta-feira, 4 de maio de 2012

Lugar de político é na política

Claro que não somos inocentes de querer reduzir a política somente às assembléias e casas de leis, gabinetes e governadorias/prefeituras, etc. A política permeia a sociedade. Mas presenciar propaganda de políticos já é demais, mesmo em uma democracia. Fica clara a promoção pessoal, a idéia de que o marketing supera as ideias com conteúdo e finalidade realmente política. Maquiavel realmente está certo: a política é a arte de conquistar e se manter no poder. O marketing ajuda muito e o povo quer é festa. Dá pra mudar isso?


terça-feira, 1 de maio de 2012

A velha política de sempre

Há tempos que presenciamos as mesmas coisas no cenário político: políticos e suas promessas de mudança; as vezes eles mesmo prometem ser a mudança tão sonhada. Mas não são! Muitos daqueles que dizem serem transformadores na verdade são replicadores das antigas formas políticas, da mesma forma de tratar o bem público, da mesma forma de ver os eleitores: como bens seus e como gado. É, somos rebaixados a gado mesmo! No império romano criou-se a ideia do pão-e-circo, no Brasil basta apenas o pão mesmo, ou seja, a ração ou o pasto. Circo pra quê?
A única cultura que recebe investimento popular é o tchu e o tcha, e o funk do, Mister Catra e por ai vai. Ah! Alguem vai dizer que rem investimento do governo em cultura... Se realmente existisse a gente veria as transformações, mas o que se vê é sempre a repetição da mesmice. Daí eu sempre acreditar que quem realmente tem que mudar somos nós mesmos. Político algum vai mudar enquanto nós não mudarmos. Muda Brasil! Mude você!

domingo, 22 de janeiro de 2012

As redes sociais e a idéia de mudança

Dizer que redes sociais mudam as tramas sociais é realmente um exagero. Se as pensarmos como um instrumento de vazão das tensões sociais e individuais, teremos que elas nada mais serão que um blablablá sem resultado algum. Enquanto estive no semonário, percebi que uma dúvida afligia a muitos: o problema do sexo era algo incontornável. Perguntamos ao Pe. Cobo que faríamos diante de tal fato. A resposta veio serena e tranquila: rezem! Porém, os anos de experiência como padre e reitor do seminário o fez lembrar-se de mais uma coisa: falar sobre sexo, falar besteira, rir... Este seria uma importante ferramenta pra quem queria seguir os anos de abstinência sexual. Não estão percebendo? Além de padre, Jose Cobo Fernandez era psicólogo e psicalista, asssim, entendia alguns dos mecanismos que nos induzem a uma pacificaçao interior. Falar é uma potente arma de amanização das pressões interna e externa, das particulares e das sociais.
Foucault já havia defendido que o sexo nunca foi reprimido, ao contrário, sempre se falou dele, sempre se pesquisou sobre ele, sempre houve uma vontade de saber ávida por novos conhecimentos. O problema aqui é o local: onde se falou e onde se buscou o sexo? Foi nos confessionários, nos laboratórios, nos hospitais e casas de repouso, nas clinicas psiquiátricas; nestes lugares o sexo era buscado.
Enquanto falamos nas redes sociais, estudos são feitos, discursos são procurados e estudados, outros discursos serão e estão sendo construídos. Há toda uma ação ocorrendo por ai, nos gabinetes e nos escritórios.
O que nós faremos? Estaremos somente praticando uma verborragia para mostrar nossa indignação ou realmente seremos revolucionários em um país sem heróis?

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

É interessante que há todos os momentos estamos criando ou buscando criar novas formas de mudar o Brasil. Acreditamos que o Orkut seria uma opção e agora quem sabe o Facebook. Vejo mensagens iradas a todo momento, todos os dias nas redes sociais. Pessoas clamam por justiça, seriedade no governo, atenção para os mandos e desmandos e descasos da politicagem nacional. A pergunta que nunca se cala neste país é sempre a mesma: o que fazer para transformar este país em uma nação melhor? Talvez não devessemos eternizar esta pergunta, talvez devamos nos perguntar: o que eu posso fazer para transformar o Brasil em um país melhor
A resposta creio que vem como um raio: estudar, ler, conhecer e compreender. É impossivel mudar o país sem investimentos pesados em ciência, cultura e tecnologia. É impossível um país refém da ignorância. 
E impossível que iniciemos o milênio com os mesmos vícios de outrora, que agora, vejo potencializados: a educação entregue a empresas que querem lucro e nem sequer se preocupam com a qualidade da educação, mais ainda, com o MEC fazendo vista grossa pro lucro vergonhoso e uma geração de alunos cada vez mais medíocres. Claro que os alunos dirão que eles estão dando duro pra pagar uma faculdade, que estão se esforçando e blablablá. Mas quem é o nosso alunado hj? São pessoas que não tiveram e não estão tendo a oportunidade da descoberta, do desafio. São estudiosos no sentido que são obrigados a decorar e não a pensar. A pedagogia que dizia combater a decoreba, hoje morde a língua, porque as universidades hoje adotam o livro didático( trocam de nome, mas é livro didático, sim!) e o esforço de aprendizagem do aluno é o trabalho que ele tem pra decorar os textos dos livros empurrados para eles. 
Não há produção científica! TCC e outros textos apenas chovem no molhado e pouco contribuem para uma mudança no cenário do país. 
A universidade como produtora de conhecimento no nosso país virou uma piada pronta: algumas universidades, na sua maioria publicas, desenvolvem pesquisas. A grande maioria das universidades( particulares) não produz nada ou produz pouco em termos de conhecimento, apenas repetem uma cantilena de educação voltada para o mercado de trabalho.
É isso, somos apenas formadores de mão-de-obra barata para as empresas, empreendedorismo e desenvolvimento é apenas pra criar mais conveniências e padarias... ciência e tecnologia é pros gringos!
Posteriormente eu colocarei aqui os comparativos entre os gastos em ciência e tecnologia brasileiros e de outros países... vou a cata dos dados! 
Abraços a todos e bom inicio de ano!