terça-feira, 5 de agosto de 2014

O IMPERIALISMO CHINÊS

A reunião dos BRICS mostrou novamente a força da China e a subserviência do Brasil: o Banco dos Brics foi pra Xangai e a presidência do Banco não ficou no Brasil. Para o nosso país restou muitos investimentos em infraestrutura. Tais investimentos me faz lembrar dos investimentos ingleses e europeus, de maneira geral, na África do final do século X:IX: estradas de ferro foram construidas, portos modernizados, canais e etc. A propaganda dizia que era para a inserir a África na modernidade. Nada mais mentiroso. Na verdade era apenas para agilizar o escoamento de matérias primas para a Europa.
Bem, os investimentos chineses no Brasil não estão sendo diferentes. São todos investimentos para facilitar a exportação dos nossos minérios, de alimentos e outros produtos básicos para movimentar as indústrias chinesas( já que a gente não tem industrias aqui...). Vendemos nossa matéria prima, desmontamos nossa indústria e compramos produtos industrializados shing-ling.
É ou não é um novo modelo de colonialismo... me engano, é o mesmo modelo, agora com um ex-país colonizado( a China) e um outro que sai de um colonizador, para cair no colo de outro( Brasil, claro!).
Não sei quando teremos alguma autoestima, pois até mesmo a Bolívia nos toma refinarias e a Venezuela nos diz onde investir( em Cuba!). 
Como esta é a semana de Dom Bosco, estou começando a acreditar que ele talvez realmente fosse um santo, mas que ficasse nas coisas espirituais, porque nas questões geoeconômicas( ele predisse que do Planalto Central haveria de nascer uma grande nação) não está com nada.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

MATO SEM CACHORRO.



Tenho dito nas aulas que nossas escolhas políticas estão ficando cada vez mais difíceis ultimamente. Não que elas tenham sido fáceis nos últimos anos/ décadas, porém, é gritante a dura realidade em que vivemos e na qual percebemos a quase impossibilidade se se fazer uma escolha decente para o governo da Nação e até mesmo dos Estados e dos representantes dos mesmos e do povo.


A falta de novidades na política e a transformação desta em apenas um caminho pra prosperidade financeira tornou-se vergonhoso. Não há mais a preocupação com a saúde, educação, segurança e outras necessidades da população.


Há a preocupação com a justificativa!


Aliás, somos o pais da justificativa: tem para o atraso, tem para a falta, tem para o excesso, tem para o suposto( sempre o suposto) superfaturamento, pagamento a mais, desvio, fraude, etc...


Vão desde desculpas chulas e inocentes, atê mesmo cândidas que são veiculadas nas propagandas políticas ou nos noticiários e vão até a exposição de um culpado( um bode expiatório que morre para que o resto sobreviva - Aqui no Pantanal temos o boi de piranha, aquele boi fraco e as vezes velho, que não fará falta na manada e que já não dá mais lucro( sic), e que é sangrado para que as piranhas o devorem enquanto a manada passa ao largo).


Enfim, em quem votar? Retornando ao nosso tema proposto, parece que está impossível decidir. Vejamos porque:O atual governo que aí está parece interessado apenas em se manter no poder e tenta impor seu modelo ideológico ultrapassado e antidemocrático goela abaixo da nação;
O ex-governador de MG não apresenta novidades, apenas mudança, mas mudar pra onde? Outro desafio é como governar. De novo aliando-se ao PMDB, partido que se amolda a qualquer ideologia e a qualquer tendência desde que devidamente premido por seus serviços?
Campos e Marina conseguem ser viáveis? Como conseguirão governar sem compor com o PMDB?
Parece que estamos em um mato sem cachorro, sem orientação e sem ter em quem colocar nosso voto...

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O medo da Direita

O título é dúbio, claro! Mas é apenas para chamar a atenção sobre o medo que a direita provoca. Parece que são pessoas que tem a certeza de que a prática maldosa é a mais conveniente. Uma ideia grosseira e errada. São pessoas comuns, tão comuns quanto os de esquerda. São tão comuns que costumam praticar atos semelhantes aos das outras pessoas, mesmo as da esquerda.
O problema é que o povo da esquerda criou uma imagem de que quem pensa à direita no mapa político é um genocida, nazista e autoritário. Esquecem-se que os de esquerda também eram tidos, pelos de direita, como semelhantes.
Ismos, apenas ismos! Capitalismo e Comunismo, Liberalismo ou Socialismos podem ser reduzidos apenas a ismos se não fazem diferença real enquanto ideologia. Seria a mesma coisa que brigar pela composição correta da água: seria Oxigênio e Hidrogênio ou Hidrogênio e Oxigênio? Não se chega a lugar algum.
O fato é que tanto o extremismo de direita, quanto o de esquerda geram o mesmo problema: um governo corrupto, sem representatividade, autoritário e muitas das vezes assassino.
Se a virtude está no meio, como já dizia Aristóteles, deveríamos buscar soluções mais bem elaboradas para os problemas; o porém, é que no pensamento aristotélico, o meio é a virtude, e a virtude é racional. Por ser a virtude algo racional, demanda de reflexão, de pensamento, de perda de tempo em criar algo plausível.
Os extremos são soluções fáceis. Destas que vemos o povo agora começando a pensar e pedir: Se o Brasil está virando um problema, vamos ressuscitar a ditadura. Que voltem os militares e magicamente, teremos novamente a paz. Ninguém quer realmente se responsabilizar por colocar este país nos trilhos.
Falta aqui um estadista! Alguém que assuma o problema e enfrente a dura realidade dos fatos. Se queremos transformar ou mudar este país para melhor, é preciso colocar o dedo na ferida, e talvez, provocar dores que não suportemos; mas, o que fazer? Deixar a coisa do jeito que está, pra ver como é que fica? Ao invés de termos estadistas, temos safados apenas ávidos por poder e dinheiro público. Verdadeiros salafrários, bandidos que não pensam enquanto cidadãos e tampouco reconhecem um país, apenas percebem o Brasil como sendo uma vaca( ou uma viúva) da qual podem, impunemente, tirar quanto leite puderem.
Fosse o Brasil uma vaca pertencente a um Massai, africano que usa o leite e o sangue do animal para se alimentar, nosso país talvez tivesse melhor sorte. O Massai é racional, sabe que não deve matar o animal, senão ele deixa de ser útil,  pois é de onde vem a sua sobrevivência;  é um círculo virtuoso. Já nossos políticos, tanto os da direita, quanto os da esquerda que aí estão, não entendem nada de vacas e, por sorte, o Brasil( a vaca) é grande e cheio de riquezas, que ainda hoje é capaz de aguentar os enormes carrapatos da política nacional a sugarem seu sangue.
Se a direita era má, talvez a atual esquerda seja ainda mais perversa: a direita bate de frente, enquanto que a esquerda tutela em demasia, se a direita é contrária a direitos( humanos, de gays, de índios, etc), a esquerda é a favor de todos eles, mas utiliza estes direitos como forma de tutelar, prender e subtrair a autonomia das pessoas, dos sujeitos de tal maneira a permitir um controle maior sobre a sociedade.
O Estado se torna maior e, se esta foi a ideia inicial de Marx, criar um superEstado controlador e sustentador das hostes mais empobrecidas( ou agora neo-classe média), a esquerda atual conseguiu. Criou-se um Estado do povo, mas que não é para o povo, é para uma pequena classe revanchista, recalcada e ressentida.
A direita, paralisada, assiste sem conseguir se movimentar. Não há o que fazer: há um totalitarismo branco, uma ditadura morna, mas eficiente. Há uma desgraça terna que assola e nivela por baixo todos os valores e aspirações do ser humano.
Hoje a esquerda triunfa no mundo, mas não é um triunfo passageiro, é um triunfo que mudará a maneira de entendermos o poder e suas novas dinâmicas. Merece um estudo mais aprofundado.
Lembro-me de Foucault nesta hora, quando, a partir de suas teses, nos leva a deduzir que o que a esquerda está fazendo hoje, ao distribuir bolsas e vantagens aos pobres para estimular o consumo e criar uma nova classe média, é nada mais nada mesmo que tutelar e dominar essas massas de gente cada vez mais ignorante, menos instruída e, portanto, menos autônoma.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Desmobilização e não representatividade política

As vezes eu costumo dizer que os políticos vivem em um mundo a parte. A imagem que me vem à cabeça é aquela de um palácio do período absolutista. Enquanto bailes são cotidianos na corte, para o povo a ilusão cotidiana. O pão( bolsas) são distribuídos e a TV,  a escola e os meios de comunicação em geral só se preocupam em divulgar um multiculturalismo que questiona muito mais que verdades, detona com a própria lógica, criando sua própria verdade, seu próprio método e funda uma sociedade cada vez mais indiferente.
Não há espaço pra críticas,  pois todos temos a nossa verdade.  Assim,  não é verdade e nem mentira, o que existe é apenas sofismas e que cada um pegue o seu. Sem verdades,  os políticos fazem o que querem e do jeito que quiserem.

domingo, 29 de dezembro de 2013

A defesa da liberdade e o aumento da tutela

O atual aumento das liberdades significa o que, na realidade? Hoje são defendidos os direitos ao uso e comércio da maconha, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, ao abordo, a liberdade religiosa e enfim, vários são os aspectos da liberdade que podem ser gozados pelo cidadão e, aqueles aos quais ele ainda não desfruta, caminha a passos largos as propostas e tentativas de se tornar um direito pleno.
Seriam isto realmente liberdades defendidas como sendo direitos civis pertinentes a cada cidadão ou apenas um projeto de poder, um marketing político para a a manutenção do poder?
Em primeiro lugar, eu devo deixar bem claro que, pessoalmente, sou plenamente a favor de que, enquanto cidadãos, temos o direito de casar com quem bem entendemos, respeitados os limites impostos pela autonomia e independência entre os cidadãos e sua capacidade para tanto( vontade e autonomia) e enfim, fazer o que nos manda a consciência. Casamento entre pessoas do mesmo sexo, abortar e professar aquilo que se deseja, desde que pautados por uma certa razoabilidade norteadora, não podem ser descartados por motivações meramente religiosas. Isto é o cerne do pensamento liberal.
Porém, estas devem ser conquistas da própria população e não uma tutela do Estado; devem representar um avanço para a sociedade e não uma política de estado para conquistar cada vez mais eleitores para seu projeto de poder.
Discutir estes projetos é muito diferente de ceder a determinados grupos organizados da sociedade. Investir em educação e desenvolvimento da autonomia e consciência é diferente de impor através da mídia uma situação que pode gerar ressentimentos e criar novos preconceitos e aversões que apareceriam a longo prazo.
A liberdade é algo adquirido pelo movimento próprio da consciência e não algo que pode ser dado por um líder ou presidente(a) ou partido político. Não se compra em supermercado e nem pode ser oferecido em campanhas políticas. 
O que o atual governo brasileiro tem feito e aumentar a tutela de camadas da população e de categorias, classes e grupos, aumentando sua participação social apenas na forma de proteção dos seus direitos de expressão, mas não necessariamente criando um projeto de mudança social.
Com isto, o governo ofusca seus verdadeiros interesses de permanecer ad aeternum no poder, usando para isto as suas massas subornadas pelos benefícios econômicos e sociais que, volto a repetir, deveriam ser conquistadas por um povo consciente de si e de seus objetivos e não dados como presente.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Assim caminha nossa educação

A aprovação automática é uma afronta a educação. No atual modelo pedagógico defendido, entre outros, por psicólogos e pedagogos, reprovar significa "traumatizar" a criança. No entanto, reprovar tb significa apenas reter afim de que a criança repense seu próprio desempenho, fazendo com que o aluno perceba-se a si mesmo e reconheça o desafio do conhecimento.
Do jeito que e posto pelo atual entendimento, o aluno que reprova aparece como um fracassado, um inútil que é traumatizado pela escola má e por professores vilões.
Quem trabalha seriamente com a educação sabe que nem a escola e tampouco os professores devem ser penalizados pelas más notas. Existem maus professores e más escolas, sim, mas assim como existem maus pedagogos, maus médicos, maus policiais e, penalizar uma categoria toda pelo erro de um ou dois é no mínimo suspeito.
Reter o aluno é apenas uma etapa do processo de aprendizagem e deve ser encarada de maneira natural e com suporte ao aluno( coisa que o Estado não quer investir, pois qualidade pro Estado significa apenas mais prédios escolares e provas ineficazes).
Engraçado que no sistema econômico atual a toda hora escutamos que errar é natural e humano e que a gente aprende com os erros... embora a retenção nao seja um erro, no sentido colocado na frase, ele se apresenta também como um processo de aprendizagem através da reflexão...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Lugar de político é na política

Claro que não somos inocentes de querer reduzir a política somente às assembléias e casas de leis, gabinetes e governadorias/prefeituras, etc. A política permeia a sociedade. Mas presenciar propaganda de políticos já é demais, mesmo em uma democracia. Fica clara a promoção pessoal, a idéia de que o marketing supera as ideias com conteúdo e finalidade realmente política. Maquiavel realmente está certo: a política é a arte de conquistar e se manter no poder. O marketing ajuda muito e o povo quer é festa. Dá pra mudar isso?