Filosofia, Direito e Política
terça-feira, 5 de agosto de 2014
O IMPERIALISMO CHINÊS
quinta-feira, 24 de julho de 2014
MATO SEM CACHORRO.
Tenho dito nas aulas que nossas escolhas políticas estão ficando cada vez mais difíceis ultimamente. Não que elas tenham sido fáceis nos últimos anos/ décadas, porém, é gritante a dura realidade em que vivemos e na qual percebemos a quase impossibilidade se se fazer uma escolha decente para o governo da Nação e até mesmo dos Estados e dos representantes dos mesmos e do povo.
A falta de novidades na política e a transformação desta em apenas um caminho pra prosperidade financeira tornou-se vergonhoso. Não há mais a preocupação com a saúde, educação, segurança e outras necessidades da população.
Há a preocupação com a justificativa!
Aliás, somos o pais da justificativa: tem para o atraso, tem para a falta, tem para o excesso, tem para o suposto( sempre o suposto) superfaturamento, pagamento a mais, desvio, fraude, etc...
Vão desde desculpas chulas e inocentes, atê mesmo cândidas que são veiculadas nas propagandas políticas ou nos noticiários e vão até a exposição de um culpado( um bode expiatório que morre para que o resto sobreviva - Aqui no Pantanal temos o boi de piranha, aquele boi fraco e as vezes velho, que não fará falta na manada e que já não dá mais lucro( sic), e que é sangrado para que as piranhas o devorem enquanto a manada passa ao largo).
Enfim, em quem votar? Retornando ao nosso tema proposto, parece que está impossível decidir. Vejamos porque:O atual governo que aí está parece interessado apenas em se manter no poder e tenta impor seu modelo ideológico ultrapassado e antidemocrático goela abaixo da nação;
O ex-governador de MG não apresenta novidades, apenas mudança, mas mudar pra onde? Outro desafio é como governar. De novo aliando-se ao PMDB, partido que se amolda a qualquer ideologia e a qualquer tendência desde que devidamente premido por seus serviços?
Campos e Marina conseguem ser viáveis? Como conseguirão governar sem compor com o PMDB?
Parece que estamos em um mato sem cachorro, sem orientação e sem ter em quem colocar nosso voto...
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
O medo da Direita
O título é dúbio, claro! Mas é apenas para chamar a atenção sobre o medo que a direita provoca. Parece que são pessoas que tem a certeza de que a prática maldosa é a mais conveniente. Uma ideia grosseira e errada. São pessoas comuns, tão comuns quanto os de esquerda. São tão comuns que costumam praticar atos semelhantes aos das outras pessoas, mesmo as da esquerda.
O problema é que o povo da esquerda criou uma imagem de que quem pensa à direita no mapa político é um genocida, nazista e autoritário. Esquecem-se que os de esquerda também eram tidos, pelos de direita, como semelhantes.
Ismos, apenas ismos! Capitalismo e Comunismo, Liberalismo ou Socialismos podem ser reduzidos apenas a ismos se não fazem diferença real enquanto ideologia. Seria a mesma coisa que brigar pela composição correta da água: seria Oxigênio e Hidrogênio ou Hidrogênio e Oxigênio? Não se chega a lugar algum.
O fato é que tanto o extremismo de direita, quanto o de esquerda geram o mesmo problema: um governo corrupto, sem representatividade, autoritário e muitas das vezes assassino.
Se a virtude está no meio, como já dizia Aristóteles, deveríamos buscar soluções mais bem elaboradas para os problemas; o porém, é que no pensamento aristotélico, o meio é a virtude, e a virtude é racional. Por ser a virtude algo racional, demanda de reflexão, de pensamento, de perda de tempo em criar algo plausível.
Os extremos são soluções fáceis. Destas que vemos o povo agora começando a pensar e pedir: Se o Brasil está virando um problema, vamos ressuscitar a ditadura. Que voltem os militares e magicamente, teremos novamente a paz. Ninguém quer realmente se responsabilizar por colocar este país nos trilhos.
Falta aqui um estadista! Alguém que assuma o problema e enfrente a dura realidade dos fatos. Se queremos transformar ou mudar este país para melhor, é preciso colocar o dedo na ferida, e talvez, provocar dores que não suportemos; mas, o que fazer? Deixar a coisa do jeito que está, pra ver como é que fica? Ao invés de termos estadistas, temos safados apenas ávidos por poder e dinheiro público. Verdadeiros salafrários, bandidos que não pensam enquanto cidadãos e tampouco reconhecem um país, apenas percebem o Brasil como sendo uma vaca( ou uma viúva) da qual podem, impunemente, tirar quanto leite puderem.
Fosse o Brasil uma vaca pertencente a um Massai, africano que usa o leite e o sangue do animal para se alimentar, nosso país talvez tivesse melhor sorte. O Massai é racional, sabe que não deve matar o animal, senão ele deixa de ser útil, pois é de onde vem a sua sobrevivência; é um círculo virtuoso. Já nossos políticos, tanto os da direita, quanto os da esquerda que aí estão, não entendem nada de vacas e, por sorte, o Brasil( a vaca) é grande e cheio de riquezas, que ainda hoje é capaz de aguentar os enormes carrapatos da política nacional a sugarem seu sangue.
Se a direita era má, talvez a atual esquerda seja ainda mais perversa: a direita bate de frente, enquanto que a esquerda tutela em demasia, se a direita é contrária a direitos( humanos, de gays, de índios, etc), a esquerda é a favor de todos eles, mas utiliza estes direitos como forma de tutelar, prender e subtrair a autonomia das pessoas, dos sujeitos de tal maneira a permitir um controle maior sobre a sociedade.
O Estado se torna maior e, se esta foi a ideia inicial de Marx, criar um superEstado controlador e sustentador das hostes mais empobrecidas( ou agora neo-classe média), a esquerda atual conseguiu. Criou-se um Estado do povo, mas que não é para o povo, é para uma pequena classe revanchista, recalcada e ressentida.
A direita, paralisada, assiste sem conseguir se movimentar. Não há o que fazer: há um totalitarismo branco, uma ditadura morna, mas eficiente. Há uma desgraça terna que assola e nivela por baixo todos os valores e aspirações do ser humano.
Hoje a esquerda triunfa no mundo, mas não é um triunfo passageiro, é um triunfo que mudará a maneira de entendermos o poder e suas novas dinâmicas. Merece um estudo mais aprofundado.
Lembro-me de Foucault nesta hora, quando, a partir de suas teses, nos leva a deduzir que o que a esquerda está fazendo hoje, ao distribuir bolsas e vantagens aos pobres para estimular o consumo e criar uma nova classe média, é nada mais nada mesmo que tutelar e dominar essas massas de gente cada vez mais ignorante, menos instruída e, portanto, menos autônoma.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Desmobilização e não representatividade política
As vezes eu costumo dizer que os políticos vivem em um mundo a parte. A imagem que me vem à cabeça é aquela de um palácio do período absolutista. Enquanto bailes são cotidianos na corte, para o povo a ilusão cotidiana. O pão( bolsas) são distribuídos e a TV, a escola e os meios de comunicação em geral só se preocupam em divulgar um multiculturalismo que questiona muito mais que verdades, detona com a própria lógica, criando sua própria verdade, seu próprio método e funda uma sociedade cada vez mais indiferente.
Não há espaço pra críticas, pois todos temos a nossa verdade. Assim, não é verdade e nem mentira, o que existe é apenas sofismas e que cada um pegue o seu. Sem verdades, os políticos fazem o que querem e do jeito que quiserem.
domingo, 29 de dezembro de 2013
A defesa da liberdade e o aumento da tutela
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Assim caminha nossa educação
Do jeito que e posto pelo atual entendimento, o aluno que reprova aparece como um fracassado, um inútil que é traumatizado pela escola má e por professores vilões.
Quem trabalha seriamente com a educação sabe que nem a escola e tampouco os professores devem ser penalizados pelas más notas. Existem maus professores e más escolas, sim, mas assim como existem maus pedagogos, maus médicos, maus policiais e, penalizar uma categoria toda pelo erro de um ou dois é no mínimo suspeito.
Reter o aluno é apenas uma etapa do processo de aprendizagem e deve ser encarada de maneira natural e com suporte ao aluno( coisa que o Estado não quer investir, pois qualidade pro Estado significa apenas mais prédios escolares e provas ineficazes).
Engraçado que no sistema econômico atual a toda hora escutamos que errar é natural e humano e que a gente aprende com os erros... embora a retenção nao seja um erro, no sentido colocado na frase, ele se apresenta também como um processo de aprendizagem através da reflexão...
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Lugar de político é na política
Claro que não somos inocentes de querer reduzir a política somente às assembléias e casas de leis, gabinetes e governadorias/prefeituras, etc. A política permeia a sociedade. Mas presenciar propaganda de políticos já é demais, mesmo em uma democracia. Fica clara a promoção pessoal, a idéia de que o marketing supera as ideias com conteúdo e finalidade realmente política. Maquiavel realmente está certo: a política é a arte de conquistar e se manter no poder. O marketing ajuda muito e o povo quer é festa. Dá pra mudar isso?